15.3.08

CRONOGRAMA CINEMA POLÍTICO – 1º/2008

Tema: Um outro Mundo é Possível?



19 e 20/03 - Bem-Vindos (Tillsammans). Direção: Lukas Moodysson. Suécia, Dinamarca e Itália, 2000. Duração: 106 minutos.

Saga de uma comunidade hippie que tenta aliar seus ideais anarquistas à convivência com burgueses e aos próprios conflitos internos. Um desses conflitos é retratado pela neo-burguesa Elizabeth , que apanha do marido e resolve se mudar com seus dois filhos para a casa onde seu irmão Göre vive. É quando ela encontra um mundo politizado, de sexo livre que prega marxismo e liberdade incondicional, embora as crianças sejam proibidas de assistir à TV e o sexo não seja tão livre assim. Aos poucos, a fusão dessas duas realidades altera a vida do grupo e demonstra que, apesar de ser difícil a convivência, todos são bem-vindos.


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25/03 - Cinema Político Especial - Diferença e Liberdade nas
Sociedades Islâmicas*



Persépolis (Persepolis). Direção: Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi. França/EUA, 2007. Duração: 95 minutos.

Marjane Satrapi é uma garota iraniana de 8 anos, que sonha em se tornar uma profetisa para poder salvar o mundo. Querida pelos pais e adorada pela avó, Marjane acompanha os acontecimentos que levam à queda do xá em seu país, juntamente com seu regime brutal. Tem início a nova República Islâmica, que controla como as pessoas devem se vestir e agir. Isto faz com que Marjane seja obrigada a usar véu, o que a incentiva a se tornar uma revolucionária.





Submission, part 1. Direção: Theo Van Gogh. 2004. Duração: 11 minutos.

O título do filme é uma tradução da palavra "Islã". Ele mostra os mau tratos sofridos por algumas mulheres nascidas em famílias muçulmanas. Escrito por Ayaan Hirsi Ali.


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26 e 27/03 - O Mundo de Jack e Rose (The Ballad of Jack and Rose). Direção: Rebecca Miller. EUA, 2005. Duração: 112 minutos.

Uma jovem cresceu em uma ilha deserta, sendo protegida pelo pai do mundo exterior. Agora com 16 anos, ela precisa lidar com as dúvidas sobre seu futuro e também a chegada da amante de seu pai, que passa a morar com ela.






02 e 03/04 - Edukators (Die Fetten Jahre Sind Vorbei). Direção: Hans Weingartner. Alemanha, 2004. Duração: 126 minutos.

Três jovens idealistas realizam protestos pacíficos, invadindo a casa de pessoas ricas para trocar os móveis de lugar e deixar mensagens de protestos. Numa de suas ações um deles esquece um celular, o que faz com que tenham que retornar ao local no dia seguinte. Porém o que eles não contavam era em encontrar presente o dono da casa. Com Daniel Brühl.




09 e 10/04 - Batalha de Argel (La Battaglia di Algeri).Direção: Gillo Pontecorvo. Itália e Argélia, 1965. Duração: 117 minutos.

Os eventos decisivos da guerra pela independência da Argélia, marco do processo de libertação das colônias européias na África. Entre 1954 e 1957 é mostrado o modo de agir dos dois lados do conflito, a Frente de Libertação Nacional e o exército francês. Enquanto que o exército usava técnicas de tortura e eliminava o maior número possível de rebeldes, a FLN desenvolvia técnicas não-convencionais de combate, baseadas na guerrilha e no terrorismo.




16 e 17/04 - Vampiros em Habana (¡Vampiros en La Habana!). Direção: Juan Padrón., Cuba, Espanha, Alemanha Ocidental, 1985. Duração: 85 minutos.

E como em Cuba até os vampiros são revolucionários, um cientista vampiro criou uma poção revolucionaria: O Vampisol, que permite aos vampiros passear embaixo da luz do sol. O clam dos vampiros europeus, a máfia de vampiros norte-americanos e Pepito, revolucionário e trompetista (interpretado por Arturo Sandoval), disputam a fórmula durante a ditadura de Machado.




23 e 24/04 - O Violino (El Violin). Direção: Francisco Vargas. México, 2005 Duração: 98 minutos.

Um homem, seu filho e seu neto são humildes fazendeiros, que lutam em uma guerrilha clandestina às escondidas. Quando os militares invadem a vila em que moram, ele se disfarça de um inocente violinista e consegue conquistá-los com sua música.




30/04 - Em Busca da Paz: III Fórum Social Mundial. Direção: Agência Carta Maior. Brasil, 2003. Duração: 52 minutos.

Documentário sobre o III Fórum Social Mundial, realizado de 23 a 28 de janeiro de 2003, em Porto Alegre. O filme aborda a luta pela paz como fio condutor, já que entre a gigantesca diversidade e pluralidade existente entre os mais de 100 mil participantes de 5.700 organizações de mais de 150 países, uma coisa era absolutamente consensual: a luta pela paz.





07 e 08/05 - Bom dia, Noite (Buongiorno, Notte). Direção: Marco Bellocchio. Itália, 2003. Duração: 106 minutos.

Em 1978 Aldo Moro (Roberto Herlitzka), o líder da Democracia Cristã, foi sequestrado e morto pelo grupo extremista Brigada Vermelha. Chiara (Maya Sansa) faz parte do grupo de sequestradores. Levando uma vida aparentemente monótona no trabalho, Chiara secretamente se engaja no grupo radical de esquerda. À medida que cresce seu fascínio pela vida utópica ela passa a enfrentar problemas com seus companheiros de luta, devido a força destrutiva que possui todos os que os cercam.



14 e 15/05 - Memórias Clandestinas. Direção: Maria Thereza Azevedo. Brasil, 2007. Duração: 52 minutos.

Documentário que relata a vida da primeira mulher de Francisco Julião (fundador das Ligas Camponesas no Brasil), Alexina Crespo, e sua atuação na organização das Ligas Camponesas, movimento social agrário que lutou pela posse da terra e o fim da exploração do trabalhador rural entre 1950 e 1964. Acaba por enfocar a questão de gênero nas lutas sociais além, claro, da questão agrária e da terra no Brasil. Alexina e seus quatro filhos falam das peripécias ocorridas desde o seu casamento com Julião, passando pela organização das ligas, a guerrilha, o golpe e o exílio, um trabalho que ficou no silêncio, na coxia e na clandestinidade.



21 e 22/05 - ABC da Greve. Direção: Leon Hirszman. Brasil, 1979. Duração: 75 minutos.

O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do movimento de 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida. Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o governo militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando numeroso contingente policial, o governo inicia uma grande operação de repressão. Sem espaço para realizar suas assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja. Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o movimento sindical nunca mais foi o mesmo.




28 e 29/05 - Pão e Rosas (Bread and Roses). Direção: Ken Loach. Inglaterra, 2000. Duração: 110 minutos.

As irmãs Maya (Pilar Padilla) e Rosa (Elpidia Carrillo), mexicanas de sangue quente, trabalham no serviço de limpeza de um prédio comercial no centro da cidade. O destinou colocou Sam (Adrien Brody), apaixonado ativista americano, no seu caminho, o que as leva a uma campanha guerrilheira contra seus patrões. A luta ameaça seu sustento, a família e faz com que corram o risco de serem expulsas do país.




04 e 05/06 - La chinoise. Direção: Jean-Luc Godard. França, 1967. Duração: 96 minutos.

Um grupo de estudantes universitários discute os contornos de uma revolução à imagem da que assolava a China de Mao na época. Expulsar os estudantes e professores da universidade, para finalmente pôr fim a uma sociedade baseada num ensino exclusivista, é o princípio-fim de uma clique intoxicada pelo ódio anti-americano e a utopia marxista-leninista, sob a forma maoísta ou não. Em La Chinoise estamos no centro do turbilhão ideológico que engoliu a França na altura: o pensamento fragmentado e efémero , a impossibilidade de um consenso (até há deserções num grupo composto por meia dúzia de estudantes), o ardor de mudança como prenúncio, caricatamente microscópico em "La Chinoise", de uma revolução violenta, alicerçada em grandes causas, mas sem programa.



11 e 12/06 - Memoria del Saqueo. Direção: Fernando Solanas. Argentina e França, 2004. Duração: 120 minutos.

A saída do governo do presidente argentino Fernando de La Rúa é o ponto de partida deste documentário que analisa os mecanismos que levaram a Argentina a mergulhar em uma crise sem precedentes na sua história. O cineasta argentino Fernando Solanas não apenas investiga as razões da derrocada de seu país, mas também aponta os principais responsáveis por ela. Segundo ele, as altas dívidas, o ultraliberalismo, a corrupção e a privatização indiscriminada foram resultado de uma política de terra arrasada empregada por Carlos Menem e seus asseclas, com a ajuda de empresas multinacionais ocidentais e a cumplicidade de organizações internacionais.




18 e 19/06 - Brad, Uma Noite Mais nas Barricadas. Direção: Miguel Bastos (VideoHackers). Brasil, 2007. Duração: 55 minutos.

Rebelião popular em Oaxaca, México, 2006. Quando os paramilitares dão um tiro de fuzil no peito de Brad Will, a câmera cai, mas continuagravando. Essa câmera passa de mão em mão, contando a história de Brad. E um pouco desse movimento de movimentos conhecido como antiglobalização. Das ocupações urbanas em Nova York, a um piquete ecologista no Oregon, à batalha de Seattle, Praga, Quebec, Gênova, Quito, Oaxaca... Por trás da câmera estão os amigos de Brad que, como ele, se dedicam a mostrar o que não aparece na TV.



25 e 26/06 - Sociedade do Automóvel. Direção: Branca Nunes e Thiago Benicchio. Brasil. Duração: 40 minutos.

11 milhões de pessoas, quase 6 milhões de automóveis; um acidente a cada 3 minutos; uma pessoa morta a cada 6 horas; 8 vítimas fatais da poluição por dia. Trabalhar para dirigir, dirigir para trabalhar: compre um carro, liberte-se do transporte público ruim. Aquilo que é público é de ninguém, ou daqueles que não podem pagar. Tédio, raiva angústia e solidão na cidade que não pode parar, mas não consegue sair do lugar.



02/07 - A Revolução não será Televisionada (The revolution will not be televised). Direção: Kim Bartley e Donnacha O’Briain. Irlanda, 2003 Duração: 74 minutos.

O documentário, apresenta os acontecimentos do golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez, em abril de 2002, na Venezuela. Os dois cineastas estavam na Venezuela realizando, desde setembro de 2001, um documentário sobre o presidente Hugo Chavez e o governo bolivariano quando, surpreendidos pelos momentos de preparação e desencadeamento do golpe, puderam registrar, inclusive no interior do Palácio Miraflores, seus instantes decisivos, respondido pela reação do povo.



03/07 - Radiografia de uma Mentira (Radiografia de uma Mentira/X-ray of a Lie). Direção: Thaelman Urgelles e Wolfgang Schalk . Venezuela, 2004. Duração: 81 minutos.

Filme-resposta ao documentário “A Revolução não será Televisionada”, que questiona sua parcialidade, bem como seu alinhamento ao discurso chavista.